Goldstein e o Próton
Ao estudar os raios catódicos em uma ampola de Crookes, Eugen Goldstein introduziu em 1886 uma nova variante na experiência: perfurou o cátodo da ampola e percebeu um feixe de raios de luz (os quais deu o nome de raios canais) na direção oposta ao feixe dos raios catódicos. Se os raios catódicos eram negativos, este novo raio deveria ter um caráter positivo. No entanto, Goldstein não compreendeu exatamente o que acontecia e o assunto foi esquecido por alguns anos.Mais tarde, exatamente 12 anos depois, Wilhelm Wien retomou os experimentos com um diferencial: submeteu o raio à um campo eletrostático muito mais intenso que o de seu antecessor. Com os experimentos, Wien concluiu que os raios eram compostos por Hidrogênio ionizado.
No entanto, apenas em 1919 Ernest Rutherford publica os seus estudos acerca de desintegração artificial e, consequentemente, a conclusão inequívoca acerca da descoberta do próton (termo de origem grega que significa primeiro).
A massa do próton é cerca de 1,673.10-27kg (duas mil vezes maior que a massa do elétron) e carga igual (em módulo) à carga do elétron. Pesquisas recentes mostram que o tamanho do próton 0,00000000000003 milímetro menor do que, pelo menos em teoria, deveria ser.
Ao contrário do que ainda é normalmente difundido em vários materiais de nível médio, o próton não é uma partícula elementar. Ele é formado por outras partículas chamadas de quarks (são dois quarks do “tipo” up e um quark do tipo down).
Com a descoberta do próton, fica explicada a questão dos isótopos: o número de nêutrons de um átomo pode variar, mas o número de prótons deve permanecer o mesmo. Caso haja dois elementos com número de prótons diferentes, estes elementos serão diferentes entre si. Um dos exemplos é o Hidrogênio: a maioria dos átomos de Hidrogênio não tem nêutron, no entanto, alguns átomos têm um ou dois nêutrons. Respectivamente, são chamados de deutério e trítio. Todos (hidrogênio, deutério e trítio) são, em sua essência, Hidrogênio pelo fato de possuírem um próton.
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